Thursday, March 31, 2016

39 Semanas

Na verdade, hoje 39 + 3. Cada dia conta agora nessa reta final! E Benício continua aqui dentro, nem aí pro público que pede sua chegada. Aliás, eu fiz um bolão entre a família e os amigos. Quem acertar a data do nascimento dele, leva todo o dinheiro. Já está em quase R$ 900! É divertido, porque cada um fica torcendo pra um dia. Um monte de gente já perdeu, inclusive a mãe dele, que não sabe de nada e achava que ele viria até a Páscoa. Filhos... Sempre contrariando os pais.

Na terça tivemos consulta. Continua tudo ótimo, mas ainda sem dilatação. O que isso quer dizer? P* nenhuma! Rsrsrsrs. Tem gente que fica um tempão com 4 cm de dilatação sem evoluir e tem gente que só começa a dilatar em trabalho de parto mesmo. A médica até considerou dar uma mexida nas membranas, porque o bichinho está um touro de tão grande, mas sem dilatação não rola.

Agora minha vida é esperar. Ontem teve mudança de lua e nada. A próxima é no dia 7. Mas se eu pudesse escolher, queria que ele viesse no fim de semana. Hospital vazio, cidade vazia... Só que não posso, só ele pode.

A boa notícia é que o tempo continua voando. Estou me mantendo em constante movimento, como a médica pediu, então caminho, vou na hidro, saio pra resolver as coisas. Fico bem pouco tempo em casa. O problema é que nessas ainda não consegui terminar as lembrancinhas. Vou ver se pego firme hoje e amanhã.

E essa epidemia de H1N1, gente? A médica quer que eu me vacine antes de parir, mas e a dó de pagar particular e perder o dia na fila?


Wednesday, March 23, 2016

37 e 38 Semanas

Não gosto de pular semana, mas foi, paciência...

Novidade não tem. Fora que no fim de semana passado dei uma surtada. Não tinha completado nem 37 semanas, mas entrei numas de que estava muito perto de ele nascer, as pessoas falando, eu já meio fragilizada, aí já viu, né? Pra piorar estava com contrações de treinamento bem ritmadinhas, de 5 em 5 minutos. Mas passaram, percebi que pode ser logo ou ainda pode demorar e agora estou mais relaxada.

Hoje estou com 38 + 2 e já de licença. Está sendo bom, porque posso dormir na hora que quero, não preciso me estressar no trânsito e nem ficar acompanhando a maluquice política que tomou o Brasil.

Há duas semanas fui na neonatologista. Foi incrível. Ela explicou tudinho o que vai acontecer logo que o Benício nascer e no acompanhamento enquanto ele estiver no hospital. Várias notícias boas: as intervenções serão mínimas, só as necessárias; no dia seguinte ela mesma vai ao quarto mostrar todos os cuidados que precisamos ter com o RN, como banho e umbigo; e a partir de março o hospital onde vou parir não obriga mais o bebê a passar pelo berçário - se estiver tudo bem, ele não sai de perto de mim nem um minuto!

A conversa foi muito boa também porque tiramos algumas dúvidas. A principal era do meu marido sobre o kit berço. Eu já sabia que não é bom, todas as entidades médicas condenam o uso e já estava acertado com o meu marido. Mas aí como num passe de mágica, justamente depois do chá de fraldas (palpite familiar detected!) ele quis voltar à conversa, dizendo que o bebê podia bater a cabeça no berço e se machucar e tals. Aí nem me estressei: disse que tiraríamos a dúvida na pediatra. E dito e feito: ela explicou direitinho porque é perigoso e o convenceu de vez. Além de não ser seguro e aumentar as chances de morte súbita, ela perguntou pra ele: "Você gostaria de dormir numa caixa? Se fosse bom, os berços sairiam de fábrica, aprovados pelo Inmetro, já em forma de caixa". Acabou o assunto.

Ontem tive obstetra e EO. Tá tudo ótimo, agora é só esperar a vontade do Benício de vir ao mundo! Nenhum sinal ainda, mas quem disse que parto dá sinal???


Wednesday, March 9, 2016

36 Semanas

Sem muita novidade nessa semana. Tudo na mesma: mesmas dores, mesmos incômodos e sem avançar muito nas arrumações.

Nessa sexta tenho uma ultra recreativa (porque não é nada necessária), mas é que já faz 6 semanas da outra, quero ver meu filhinho lindo.

Li dois livros recomendados naquele encontro que fui: "Soluções para noites sem choro" e "Nascer sorrindo". O primeiro é uma verdadeira cartilha, vou até ler de novo a parte do recém nascido e fazer anotações, porque tem muita dica preciosa. E o legal é que segue bem uma linha que acredito, que não se deve deixar bebê chorando no berço pra acostumar. É tudo com muito amor e carinho. Não vou dizer que é fácil de seguir, mas se funcionar, vai valer a pena, né?

O segundo é um clássico de Frédérick Leboyer, quem trouxe a ideia de parto humanizado na década de 70. É um livro pequeno, rápido de ler, com mensagens que, depois que você lê, parecem óbvias, mas estávamos tão acostumados com uma forma desumana de trazer os bebês ao mundo, que nem nos dávamos conta do quanto podiam ser sofridas pra eles. Ele escreve sob a ótica do bebê e as mudanças e sensações que ele tem na barriga e no nascimento. Por exemplo, ele está acostumado a ficar ali encolhidinho na sua barriga, em posição fetal (!) e, quando nasce, o médico vai lá e estica com tudo a coluna do pitico. É muita dor, gente. Precisa disso? Aí ele recomenda que nas primeiras horas ele continue na posição fetal, de preferência no colo da mãe, que é quem ele conhece.

Outra questão é sobre o cordão umbilical. Quando ele é cortado assim que nasce, o bebê é obrigado a respirar de sopetão pelos pulmãozinhos, dói pra caramba. Já se você espera que o cordão pare de pulsar, ele fica recebendo oxigênio pelas duas formas e vai se acostumando. A transição é bem mais suave.

O autor fala muito sobre essa falsa impressão que a gente pode ter de que bebê não sente nada, ou que ele sente todo esse sofrimento do nascimento, mas logo esquece. Mas não é bem assim, né? Nenhuma dor, nenhuma transformação brusca passa sem deixar marcas, não importa a idade que a gente tenha. E não custa nada tomar algumas medidas pra apresentar o mundo de forma amorosa pra pessoinha mais importante da nossa vida. Talvez algumas coisas o médico e o hospital não permitam, mas tem que tentar, deixar por escrito, pedir pro marido conversar.

Esse ser vai ter a vida toda pra descobrir que o mundo não é tão legal assim. Precisa mostrar pra ele assim que ele chega?